Já ouviu falar na Fie Gris?
É, eu também não tinha até hoje, ou não lembrava.
Mas estou tomando um vinho que tem 1/3 dela.
É uma variedade antiga do Vale do Loire, também conhecida como Fie.
Alguns acham que pode ser uma ancestral da Sauvignon Blanc, pois tem gente que a chama também de Sauvignon Gris.
Não é uma uva muito conhecida e mesmo no Vale do Loire existem poucos vinhedos – mas que geralmente dão origem a vinhos a vinhos fantásticos. “Fie”-ca a dica ( hahaha )…
… e dessa uva… Uouuuuuu….
Taí um dos vinhos que consegue reunir algumas das coisas que mais gosto num branco, tudo junto: aromas jerezados, camomila, flores brancas, abacaxi e damasco secos, grama, mineral.
Na boca, tudo isso com uma untuosidade de óleo essencial. É primo de champa safrada, sem perlage. Da família dos Kharakter, dos Clos de Longues Vignes, do Quartz, da turma dos brancos oxidativos e apaixonantes. Longo, longo, presente, seríssimo – não dá pra tomar um gole e não parar para pensar no assunto.
Esse aqui é o Frileuse, Cheverny branco da Tue- Boeuf, 2006. Evolução de babar. A Domaine, no vale do Loire, é comandada pelos irmãos Thierry e Jean Marie. O Clos de Tue Boeuf tem história pra contar: já era vinhedo famoso na era medieval, e reza a lenda, alegrava as mesas reais. Invejinha. Esse aqui tem 1/3 de Sauvignon, 1/3 de Fie, 1/3 de Chardonnay.
Vinhas de até 47 anos. Vinhedos de cultivo orgânico e vinificação natural. Ipii, ipiiiii, urrraaaa!!
Importado pela World Wine…