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CARAVANA NATUREBA: sexto dia, parte III, dois jantares numa noite só…. DeLucca & Israel Santos.

 

Caravana natureba, sexto dia…. uff… parte III.
Depois de degustar espumantes na Don Giovanni, vinificar Malbecs com o Zenker….. fomos para Farroupilha, onde os DeLucca nos esperavam para uma degustação pra lá de especial.

Estar com eles é sempre uma experiência única. Os conhecemos ano passado, através da Marina Santos, que tinha comprado Cabernet Sauvignon deles para vinificar ( que inclusive está na garrafa e está um vinhaço ). Os parreirais deles são todos certificados orgânicos, e o Zulmir DeLucca – o pai, pois tem o filho, também – é daquelas pessoas que não dá vontade de sair do lado. Papo bom e com um conteúdo que te deixa zonzo.

Esse cara sabe mais sobre enologia e sobre viticultura do que muito famoso por aí. Fora os tais dos conhecimentos “ancestrais” passados de geração em geração, de família em família, tão importantes no biodinamismo, na agricultura orgânica, no vinho natural.


Enfim. É sempre um evento. Eles estiveram conosco na nossa Feira de Naturebas 2014, e foi um sucesso. Mas dessa vez eles fizeram do evento, um banquete. E surpresa, ainda por cima!! 


Logo que chegamos, nos deparamos com os embutidos artesanais que eles mesmos fazem, com porcos criados soltos e de alimentação não trangênica – é, o negócio aqui é sério. Sem conservantes, sem nitrito, sem nitrato. Só o puro sabor da carne, meu senhor. Claro que eu contrabandeei alguns pra casa.


Queijinho da vizinha, que tem umas quatro vacas e faz o queijo ali mesmo.

Pão que a Neusa mesmo fez.

Galinha caipira ( gente, fiquei sonhando com aquela galinha durante dias ) e polenta na tábua, tradicional, feita com farinha DalPonte, local ( que segundo o DeLucca, também é de milho não trangênico… genial! ).

 
 

Como se não bastasse tudo isso, a grande surpresa eram os vinhos antigos que os DeLucca tinham separado pra gente. Ai, gente, eu tenho vontade de abraçar aqueles três, de tanto amor. Agora imaginem meu coraçãzinho natureba batendo mais forte quando começou a chegar na mesa um Cabernet, um Franc e um Peverella, todos com mais de 10, 15 e 20 anos de idade. Oh yeah, baby. 



O Peverella estava indizível. Sem palavras. Trouxe três garrafas comigo para guardar para a eternidade. O Cabernet Sauvignon matava a pau muito Bordeaux por aí. E o Franc…. ah, o Franc. Como eu sou apaixonada por essa uva. Estava lindo, elegante, ainda vivo, mas com as notinhas do tempo já bem estampadas no corpitcho. Ah, e num lindo garrafão de dois litros. Também trouxe um.

O rapaz ali em cima, ao lado do Léo ( meninas, sem fazer escândalo, é só ir pra Farroupilha que ele está la… rss ) é o Zulmir DeLucca filho. Acabou de fazer enologia e já trabalha na adega desde que se conhece por gente. Bonito, culto, inteligente e um amor. Igual à irmã. Uma fofa. Sinceramente, algo de muito estranho acontece ali naquela família…… rssss…  deve ser o vinho que faz com que as pessoas fiquem assim. A Neusa, mãe de todos, sem comentários. Um amor igual.

Esse foi o entardecer “feinho” que a paulistada pegou em Farroupilha. É nessas horas que dá aquela vontaaaaaade de voltar pra São Paulo, acordar e dar de cara com um prédio, ouvir umas buzinas, xingar um motoqueiro no trânsito, reclamar da falta de água. Vai dizer, dá até uma deprê de pensar em voltar.



Agora………………
O que não esperávamos era jantar…..rs

Sabíamos que iríamos fazer a degustação e levar a parte da Caravana que não conhecia os DeLucca ( olha a Lizete Vicari ali no meio, genteee! ) para conhecer o lugar e os vinhos. Mas o jantar foi surpresa. E quem disse que dava para recusar aquelas delícias???


Não seria problema nenhum se não tivéssemos um jantar já marcado! Pois é. Mas como a gula é grande, acabamos jantando duas vezes no mesmo dia.

Para ser sincera eu estava tão cansada da maratona dos dois últimos dias que acabei nem lembrando de tirar tantas fotos quanto deveria – então roubei algumas da Marina… hehe 

O jantar estava sendo aguardado por todos desde o início da viagem, pois ia ser feito pelo Israel, marido da Marina ( sim, da Vinha Unna, só pra ninguém se perder na história ), que é um chef de mão cheia. Eles fizeram o jantar na casa deles, e os ingredientes, na sua maioria, eram da horta biodinâmica que eles cultivam. 
Creme de batata doce com sálvia crocante, risotto de cogumelos com vinho e queijo local, abóbora com farofa picante, galinha assada, fraldinha enrolada no bacon… jesus amado, estava tudo impecável. Ainda bem que o Israel vai abrir o restaurante dele em breve, pois vou ser cliente cativa de lá. 
O jantar, obviamente, foi acompanhado por alguns naturebas. Naturebas vinhos e naturebas amigos! rsss .. Hidromel da Marina, Hidromel do Gugu ( siiiim, conseguimos ficar um pouquinho com o Gugu, nome inteiro José Augusto Fasolo, filho da Lizete e enólogo da Dominínio Vicari!! Como ele mora em Bento e trabalha quase o dia inteiro, conseguimos ao menos encontrar com ele de noite.); Sucavo de Anjo do Zenker, entre outros…….
…. e finalmente acabava o sexto dia da Caravana natureba, um pouco triste pois nos despedíamos na Serra Gaúcha, da Marina, do Zenker, do Gugú, e de todos os outros que encontramos no caminho……




3/3/2015
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