Divagações

Gewustraminer, Riesling Itálico, Hebermont, Ribolla Gialla…..

Queridinha da família das aromáticas, é uma vinifera da região da Alsácia. Seu some significa algo como “tempero”, provavelmente por causa da intensidade muito perfumada que ela dá aos vinhos. É produzida em muitos países, em especial na França e Alemanha. O aroma é inconfundível e é um dos mais fáceis de se reconhecer às cegas; muita gente lembra de rosas, creme nívea, lichia, defumados. No pé, também é uma uva relativamente fácil de reconhecer, com sua típica coloração rosada.

Riesling Itálico 2009 Domínio Vicari! Nosso laranjinha brazuca do coração. Aqui na casa da Lizete, então, é mais especial ainda. A Riesling Itálica não é uma uva pop no mundo das brancas – é considerada uma uva “menor”, embora seja vitis vinifera. Não tem nada a ver com o Riesling alemão, e sua origem é um tanto desconhecida. Existe uma pequena produção no norte da Itália, Eslovênia, Hungria ( gente, e esse povo também faz laranja…! Rss ) e outros países da Europa central. Veio pro Brasil lá pelos anos de 1900, pela estação agronômica de Porto Alegre, sendo a primeira uva vinifera branca a ser vinificada no Brasil. Tem uma grande importância histórica no país, pois foi durante muito tempo a uva branca mais vinificada – principalmente durante as décadas de 70 e 90. Embora deixada de lado durante muito tempo por muita gente, dá origem a pérolas como essa da Domínio Vicari. Uvas orgânicas, vinificação natural, maceração com as cascas durante 24 horas. 
Parece vinífera mas não é! Essa uva americana engana muita gente pois seus grãos são pequenos, parecidos com os das vitis viníferas. Segundo a embrapa, “É uma cultivar de Vitis bourquina, propagada no início do século XVIII por iniciativa de Nicolas Herbemont, a partir de uma velha cepa existente na Carolina do Sul, Estados Unidos. Foi introduzida em São Paulo há mais de cem anos, de onde veio para o Rio Grande do Sul. É cultivada no estado há cerca de um século, porém sua grande difusão ocorreu depois de 1940, quando foi intensamente propagada para a produção de uvas destinadas a elaboração de vinho base para espumantes, para vinhos compostos e também para destilados”. 
Uva típica do Nordeste da Itália, também muito presente na Eslovênia. Alguns dos laranjas ( brancos feitos com macerações longas com as cascas ) mais famosos dessa região são elaborados com Ribolla. Outros nomes em outros países e em outras épocas: Avola, Erbula, Gargania, Garganja, Glera, Goricka Ribola, Jarbola, Jerbula, Pignolo, Rabiola, Rabola, Rabolla, Rabolla Dzhalla di Rozatsio, Rabuele, Raibola, Rebolla, Reboula Jaune, Rébula, Rebula Bela, Rebula Rumena, Rebula Zuta, Refosco bianco, Ribola, Ribola Bijela, Ribola Djiala, Ribolla, Ribolla Bianca, Ribolla Dzhalla, Ribolla Gialla di Rosazz, Ribolla Gialla di Rosazzo, Ribollat, Ribuela, Ribuele, Ribuele Zale, Ribula Zuta, Ribuole, Robolla, Rosazzo, Rumena Rebula, Teran Bijeli e Zelena Rebula. —
1/3/2015
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