Se você é o que você come…
Nossa geração está presa entre um estereótipo de cozinheira Amélia ou de chefe de cozinha malvadão – mas o real sentido de estar na cozinha parece estar perdido. Estar na cozinha não vai fazer de você menos macho, não vai fazer de você menos mulher independente, mas pode fazer sim você uma pessoa mais infeliz e menos saudável.
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Cozinhar é um ato de saúde, um ato social, um ato político, um ato cultural. Ser independente de produtos industrializados e de comida pronta é um ato revolucionário. Tem tanta gente querendo ser contra o sistema usando camiseta do Che e não percebe que o sistema alimentar que estamos submetidos é um dos mais cruéis que existem, para as pessoas, para as comunidades, animais e para o meio ambiente.
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Não depender de comprar em supermercados e incentivar pequenos produtores também é um ato revolucionário. É quebrar as pernas da indústria alimentar e da indústria da doença – pois quanto menos porcaria a gente come, menos doente a gente fica. Ter sua própria horta então, é praticamente um ato anárquico no nosso sistema alimentar. Se você é o que você come, vale a pena pensar então quem, afinal, você é. E se com o que você ingere você está se tornando ou não a pessoa que você gostaria de ser.