Fim de semana na Casa Amadu, Cunha.
Esse final de semana fomos para Cunha, passar um final de semana de imersão na Casa Amadu, convidados pela Larissa e pelo Alê. A Lari coordena experiências de alimentação, sustentabilidade, saúde, e é daquelas pessoas que quase dá raiva: linda, malhada, bem resolvida e super antenada com todos esses rolês que a gente gosta, de agrofloresta à medicina tradicional. O Alê é outra figura das bem interessantes: ligadão no cultivo de cogumelos, daqueles que consegue se aprofundar em conversas que poucos conseguem, fez um recanto em Cunha que é um pedacinho de paraíso: uma casa com uma vista de tirar o fôlego e que ele abre para amigos, grupos, vivências, retiros e coisas gostosas do gênero. Dava pra imaginar que juntando esses dois o fim de semana ia ser, no mínimo, delicinha. Mas foi mais.
A trupe tava bem formada: Victor, Ed, Assaf, Alê e o Marcelo, Gustavo, Leonora, Fábio. Cada qual no seu setor, todo mundo tinha ali em comum uma certa “nerdisse” com a alimentação. O Victor está por trás da São Paulo Saudável. O Ed e o Assaf, da B.On. A Alê e o Marcelo, da Maniva e dos Farm to Table. O Gustavo, padeiro com mãos de fada, da Soul Kitchen e da Blanco Farinha e Amor. A Leonora, mezzo marketing sustentável mezzo proteção animal barra resgate de kombuchas abandonadas. E o Fábio, pãtza mestre em fazer as imagens mais lindas que já vi na vida.
Eu? Bom, eu fui só pra beber e garantir que todos teriam álcool suficiente pro final de semana.
A idéia foi juntar uma galera pra ficar junto, trocar idéias sobre ações de sustentabilidade e conexão, além de conhecer uma das lendas locais de Cunha: o Seu Zé, metade curandeiro metade hortelão, que conhece tudo sobre as plantas medicinais, comestíveis e não comestíveis, convencionais e não convencionais.
O Zé é uma das lendas do local, tem uma história de superação pessoal que dá de dez na maioria dos livros de auto ajuda e conhece a história da cidade de Cunha melhor que muito historiador.
No fim das contas, foram três dias de rodas de bate papo, almoços e jantares incríveis, risadas, algumas picadas de marimbondo ( eu fui a sorteada da vez ), andanças no mato e muita informação boa pra levar pra casa.
Saímos de lá com aquele bom e velho gostinho de querer fazer mais pelo mundo, por nós mesmos e pelos novos amigos que fizemos. Na mala, levei ovinhos caipiras, coalhada da Maruska, soro de leite, pesto de taioba ( sucesso absoluto ), gin de lírio e mexerica, vinhos naturais, vinagre caseiro, pão de malte, leite de inhame e castanhas.
Na mesma mala, trouxe mudas de plantas que na maioria já esqueci o nome, mas tudo bem, um monte de sementes de favas e feijões, sementes de um pepino espinhudo muito estranho, pinhão à rodo, banana da terra, chocolates da serra, café artesanal … e chavão à parte, já bastante saudade. Certeza que dessa turma ainda vai surgir coisas muito interessantes. A semente já foi plantada.
Agora é só esperar a próxima colheita.