O que é um vinho espumante?
O que é um vinho espumante?
É um vinho que tem bolhas. Bom, as bolhas dos espumantes, pra quem não sabe, são puro e simples gás carbônico; e essas bolhas de gás carbônico aparecem pois fazem parte da fermentação alcoólica. Fermentação alcoólica? Vamos lá. Basicamente, as leveduras “comem” o açúcar da fruta ( no caso a uva ) e expelem gás carbônico, álcool e energia.
Só que na maior parte das vezes esse gás carbônico expelido pela reação da fermentação alcoólica se desprende para o ambiente, afinal, é um gás, e é volátil, vai embora. Quando por algum motivo o gás carbônico não consegue sair do vinho, ele fica no líquido e, quando a gente abre a garrafa, se formam as tais das bolhas características dos espumantes pela diferença de pressão atmosférica. Agora, “como” aprisionar as bolhas dentro do vinho é que é todo o lance da produção de espumantes.
Mas sempre existiu vinho espumante no mundo do vinho? Bom, não. É um conceito relativamente bem moderno, tanto que só no século XVIII que as bolhas entraram em moda, pois antes disso eram consideradas um defeito, até mesmo em Champagne, que mais tarde se tornou referência na tendência borbulhante. Vinhos que desenvolviam bolhas, misteriosamente ou “por que aqui acontece assim” sempre existiram na história. Mas reproduzir o qur acontecia misteriosamente ou naturalmente em certas regiões, isso é coisa moderninha, de no máximo dois séculos atrás. E provavelmente a “invenção” do espumante foi assim, meio do nada. Um acaso que virou case. Uma “descoberta” através da observação da refermentação natural – e não esperada – que ocorria em certos vinhos nas adegas, na Primavera, quando o clima aquecia. E outra: em uma época em que apenas os cinco sentidos e um certo grau de intuição eram nossos instrumentos enológicos, vira e mexe passava um vinho que não havia fermentado por completo e bamba, fermentava esse restinho na garrafa, ficando com as bolhas aprisionadas, com aquele frisantinho delícia que hoje tanto gostamos. &….. vejam só. Essa é a base do que chamamos hoje de “método ancestral” de espumantes.
