“Prosecco” natural tem?
“Prosecco” natural tem?
Opa, tem.
Mas pelamordedeus, não tem nada a ver com o estereótipo de Prosecco que se criou por aqui, e que só escondem vinhos industriais massivos, industriais, na grande maioria mal feitos e cheios de modificações e aditivos enológicos.
Prosecco é nome de região, muita gente acha que é nome da uva e mais um tanto de gente confunde as palavras “espumante” e “prosecco”. Virou meio o leite moça das borbulhas, o pessoal fala tomar um prosecco mas na verdade a intenção é tomar um espumante.
Prosecco virou sinônimo de bebida barata, em larga escala, padronizada, e aqui no Brasil infelizmente virou moda e até símbolo de “coisa chique”.
Como são as coisas né. Muito das modas a gente nem para pra pensar, e quando se dá conta, está consumindo um produto que não tem nada a ver com o imaginário daquele mesmo produto.
Então sim, existe Prosecco natural, da mesma maneira que existe Chianti. Agora se precisa meeesmo ter essas denominações de origem, é conversa pra outro post ( pois muitas vezes as denominações de origem não “abraçam” os vinhos naturais e suas características, autenticidade, diversidade ).
Conheci @carolaincats em uma das viagens pela Itália, faz já alguns anos. Ela faz refermentação em garrafa de Glera ( nome da uva do Prosecco ), cultiva as uvas de forma ecológica, resgata métodos e outras uvas regionais do Vêneto ( como a deliciosa Raboso ), além de claro, vinificar naturalmente.
Nossa, então também tem Chianti natural?!!
Lógico gente. Polêmicas de denominações de origem a parte, tem gente boa fazendo vinho bom em todo lugar. Um dos vinhos queridinhos dos bebedores naturebas em Sampa, por exemplo, o @pacinavino …. é de Chianti.
Pois é.
Junte isso ao fato de que o melhor vinho de sobremesa do Brasil ( pelo menos na opinião ) é da região de São Roque, em São Paulo ( o @bellaquintavinhosfinos faz um corte de mais de dez safras em ‘crianza’ oxidativa de Niágara pra matar muito Setúbal de nervoso ) ….
…… e a conclusão é que….
é … temos que parar de beber regiões e rótulos e denominações, e começar a beber vinhos e pessoas e paisagens.