Beterraba “nose to tail”
Falando aqui de aproveitamento, como sempre…
… pois o “a”proveitamento vem muito antes do “re”aproveitamento: e nem só de porco vive o conceito de “nose to tail”, ou seja, o aproveitamento integral dos ingredientes.
Que tal aplicar esse conceito em cenouras, beterrabas, brócolis?
Não, não é piada não. Muita coisa que “a gente não sabe como usar” a gente acaba jogando fora, como ramas, folhas, talos, cascas, flores.
Exemplo da semana:
Essas beterrabas lindas da segunda foto saíram ontem aqui da horta e já foram inteirinhas pro menu da @enotecasaintvinsaint ( sim, fazem longos 13 anos que a gente bate a cabeça pra aplicar esses conceitos ao máximo por lá ).
Viraram ceviche de beterrabas com seus talos, com leche de tigre de leite de coco e salsão ( sem bicho ) & cebolas bem fininhas.
As folhas de beterraba que sobraram?
As menorzinhas a gente usa no prato de ceviche mesmo, e as maiores ….
…. a gente separa e vão fermentar durante os próximos dias 😬.
Quê? Nunca tentaram fermentar folhas de beterraba? Tentem.
Soca as folhas num pote, 3% de sal, como se fosse um “chucrute” de folha de beterraba.
Curiosidade: folhas de beterraba desse jeito, em fermentação lática ficam com gosto de …. peixe! Pois é. Peixe. Pra combinar com um ceviche sem bicho é perfeito 😅.
( não me perguntem o motivo porque não sei, mas que fica com um gostinho de peixe, fica 😂 )
Aliás, até mesmo quando não fermentadas, são uma delícia em saladas, ou refogadas, ou de qualquer maneira: e como todas as folhas, são riquíssimas em nutrientes, inclusive em nutrientes complementares aos próprios talos e raízes.
É, gente. E pensar que um monte de gente por aí que joga JOGA FORA as folhas quando compra aquele beterrabão lindo em casa 😳.
Última dica: na hora de assar ou ralar as beterrabas, faz com a casca mesmo! Só lavar bem. Isso vale pra muita coisa, desde batata até inhame.