Cormé. Nem sidra, nem poiré.
Não bastasse as sidras e poirés e toda a história de pioneirismo ( com aquele toque de loucura de todo mundo que faz a diferença no mundo) do @ericbordelet ….
Prazer, conheçam a Cormé.
Ahnn?! Como assim? Não é maçã, não é pêra? Não.
Cormé.
Um fermentado alcoólico de Cormier, uma frutinha quase esquecida por aqui na França, parente das maçãs e das pêras, que já foi muito usada pra fazer birita mas hoje em dia ninguém faz mais. E muita gente nem lembra da existência da pobre coitada.
Ninguém, vírgula. O Éric lembra e faz questão de fermentar. E fica sensacional. Como ele mesmo diz, é “abrir uma caixinha nova no seu cérebro”, afinal, Cormé não parece vinho, não parece poiré, não parece sidra, parece…. Cormé.
Éric sai pela região caçando as frutinhas, colhendo manualmente as maduras – direto do chão, como maçãs, colocando as bichinhas no carro e transformando essas pequenezas esquecidas em fermentados finíssimos, delicados, intrigantes.
Pois é. Existe todo um mundo além da uva, além da maçã, além da pêra.
E se não adiantou até agora a gente falar, desenhar… vejam só, temos exemplos gringos pra inspirar muita gente. Imaginem só quantas coisas não deixamos de transformar em birita ao longo da história porque a gente vai esquecendo, porque as variedades vão desaparecendo, por que vai ficando “fora de moda”, porque tudo vai se internacionalizando, porque a gente tem “vergonha” do que é nosso e do que é “caipira”.