Dos chavões franceses: queijo.
Sim, também existem mais tipos de queijos nesse país do que dias do ano, então não, nem em uma vida inteira quem não é daqui vai conseguir provar tudo.
Mas a gente tenta 😅. E olha que na vida normal eu nem como tanto queijo assim, mas aqui… afe. Não tem como. É prazer sensorial e prazer intelectual junto.
Pra mim o mais legal é chegar nas fromageries e trocar idéia com o povo, ver quais são os queijos típicos da região, as diferenças entre eles.
Tem fromagerie famosa, premiada, caríssima, tem fromagerie de feira de rua, tem fromagerie em mercado, enfim. O negócio é escolher a sua.
Ah, detalhe. Principalmente depois da UE, muitas queijarias sofreram com as regras sanitárias unificadas – muitas pequenas quebraram, outras viraram pequenas indústrias, muitos feitios se perderam, muito leite se pasteurizou. É, mesma história. Claro que isso gerou um movimento forte de resistência, mas …. não ache que porque você está na França você vai achar em qualquer lugar o combo artesanal + leite cru + vaca criada solta + ecológico.
Não vai. Aliás, é a minoria, como no vinho. A gente continua achando muita opção pois a amostragem aqui de vinho e queijo é grande, mas proporcionalmente continua sendo muito maior a quantidade de “convencionais”.
Ok. Mas entre o produtor orgânico, ecológico, artesanal, solto, cru, etc…. E o camembert industrializadão de supermercado, existe uma zona cinza imensa. E dentro dela muita coisa muito boa.
Eu era daquelas que andava com o guia de queijos franceses na mala quando vinha pra cá ( afinal, 10, 15 anos atrás era assim que a gente fazia, guia de papel debaixo do braço ), mas hoje em dia já dei uma relaxada. Acho que com a idade a gente cansa de querer saber tudo ( pois não vai, nunca, então quando a gente entende isso, relaxa um pouco 😅).
Hoje deixo o guia em casa e prefiro trocar idéia com a galera pra aprender direto com eles e descobrir as coisas de maneira mais “tranquila”. Ou não: tem vezes que só pego dois ou três queijos aleatórios que nunca vi na vida e saio mordiscando pela cidade, entre uma e outra das das mil igrejas pelo caminho.
