Schnitzel.
A idéia de ficar em Braubach na viagem de Berlim-Paris ( além de descansar e dormir um pouco ) era visitar o castelo medieval ( famoso na região e que tem uma coleção maravilhosa de armaduras ) e jantar no Eck-Fritz, restaurante estilo botecão antigo alemão, que fica numa casa de 1597.
O Google dizia que tava aberto, o site dizia que estava aberto, chegamos na cidade morrendo de fome, de frio e com chuva… e o restaurante tava fechado, óbvio. Motivos desconhecidos. Ninguém pra explicar. Telefone chamando até o infinito.
O máximo que chegamos perto das mesas de madeira e das cortininhas e das cervejas foi dando um pulinho de fora da janela pra tentar espiar lá dentro algum movimento. Sem sucesso.
Acabamos encontrando outro restaurante na cidade mesmo, com meia dúzia de senhorzinhos alemães, nenhum chucrute e nenhuma salsicha, mas com boa cerva de caneca, destilados de frutas e nozes bastante suspeitos assim como a decoração de natal, algum colslaw ( ou algo do gênero ) e 345 tipos de Schnitzel.
Pausa.
Schnitzel é um tipo de bife à milanesa bastante típico da Áustria e Alemanha ( e aparentemente teve origem no Império Bizantino e no costume estranho de salpicar de ouro, depois de farinha, a comida lá em Veneza ). Da Itália ( onde esses bifes empanados seguem firmes e fortes até hoje na forma das “cotoletta alla milanese” ), o tal do bife acabou indo pra Áustria ( e as teorias sobre como ele foi parar lá são várias ).
Se eu comi? Não, eu sou vegetariana 😅. Mas todo mundo na mesa comeu. Eu me contentei com um montão de salada de repolho e um bolinho de grãos feito com espelta ( opa, na Alemanha tem muito espelta ) e semente girassol.
Tá, não rolou o restaurante. Mas dia seguinte tinha a visita no castelo, uhu!
É. Só que não.
Por conta do covid só estavam fazendo visitas guiadas e se a gente fosse esperar até o 12h pra começar o tour, ia embolar todo o tempo de viagem ainda ( de mais 6h até Paris ).
Resultado? Nem restaurante, nem castelo ( mas não precisa contar pra ninguém 😅 ).