Bret de Cajú.
Tá quase.
Nosso vinho de caju já está com 3 meses de tanque: agora parte vai pra garrafa, virar cajú tranquilo, outra parte vai pra teste de … cajú com bolhas.
Cajú orgânico do interior de Sampa, fermentação natural, sem aditivos, blá. Vinho natural de caju, pra simplificar.
E sim, vinho pode ser de qualquer fruta. Pros curiosos sobre o assunto tem textão meu sobre isso lá no blog, provando por a + b que não, não, vinho não é ( é nem deve ) ser só de uva. Na Índia védica já se sabia disso.
Esse vinho de cajú faz parte de um projeto nosso de pesquisa sobre fermentados tradicionais|ancestrais brasileiros antes, durante e depois da chegada dos europeus, e a aplicação disso nos dias de hoje.
A idéia é fazer uma bebida delícia mas também promover o resgate de técnicas regionais de fermentação alcoólica, história, valorização da nossa própria cultura fermentativa e obviamente, o combate ao desperdício de tantas frutas por esse Brasilzão, estimulando comunidades que precisam de renda a conseguir renda através de.. birita. Birita natural e essencialmente brazuca.
Eu sei, é um projeto grande. Eu sei, vamos precisar de muito tempo e muita gente pra isso. Eu sei, não é pra semana que vem.
Mas pra quem passou os últimos 15 anos tentando colocar na cabeça da galera que vinho poderia ser natural, esperar mais 15 anos pra ver o Brasilzão produzindo vinho de fruta natureba não é lá tão desanimador. E eu realmente acredito que demoraremos muito menos, pois muita gente já está nesse movimento “paralelo” de fermentação alcoólica.
Como tudo na vida, não começamos agora. A idéia surgiu faz exatos 3 anos, quando a revista @thepreservejournal me convidou pra fazer um artigo sobre o movimento de vinhos naturais no Brasil, e eu me dei conta que existia toda uma “outra historia” de vinhos no país que a gente não conhecia.
Taí. Esse é o primeiro. E sim, vamos fazer em escala e vai ser um projeto comercial, legalizado, pra vender e dar renda pra comunidades produtoras, estimulando a agricultura limpa, a produção artesanal, a não utilização de aditivos, a pesquisa histórica, a valorização das nossas raizes alimentares.
O nome? Bret.