Da mandioca se faz…
Da mandioca se faz massa fresca ( pra fazer cuscuz, bolo de mandioca, pão ), farinha de mandioca das mais diversas ( secando e torrando a massa da mandioca ), polvilho doce, polvilho azedo, tucupi. As variações e receitas entre lugares e épocas relacionadas à mandioca são infinitas.
O que a gente que é meio bicho de cidade esqueceu é que dá pra fazer esses processos em casa. E mesmo com a mandioca mansa também se faz tudo isso, até tucupi ( que tem gente que chama de tucupi branco, e fica mais suave mas igual de gostoso ).
Pois é, dá pra ter sua farinha, seu polvilho, sua tapioca fresquinha feita na hora.
Lá em casa quando a gente colhe mandioca, a gente pira tanto nas coisas com ela que mal sobra pra Enoteca. Tapioca com polvilho da SUA mandioca é beeeem bom de comer.
Aqui com a Ana e Saulo fizemos o início dos processos da massa fresca ( virou bolo de mandioca com coco, que comemos inteiro com goiabada cascão e requeijão artesanal aqui da cidade, entre um golinho de cachaça e outro na fogueira ) , do polvilho e do tucupi.
Pra fazer farinha de mandioca ( ou massa fresca ) você rala a mandioca e depois “lava” ela com bastante água, justamente para que o polvilho ( que é o amido da mandioca ) fique nessa água. Vale bater no liquidificador sim, com um tanto de água. Bem fácil.
Daí você bota dentro de sacos de pano ( coador de pano de café é ótimo pra isso é pra leite vegetal ) e prensa, espreme, até sair toda a água. Tradicionalmente se usavam outros artefatos, lógico, mas como estamos aqui pensando no rolê caseiro mesmo, adaptar não faz mal.
O que fica no pano, a massa fresca, pode ser usada na hora ou congelada. Se quiser pode também ser seca como farinha, no sol, no forno, fermentada antes ou não – e a água ( cheia de amigo ) vai pra um recipiente para decantar. Um dia depois, a mágica acontece.
O que decanta, é o amido, o polvilho. O que fica em cima vira tucupi.