Galette bretã.
O sarraceno foi pra França no século 13, e desde então a cultura da galette começou por lá. Mas muita gente defende que a origem da galette, dos crepes, é a mesma dos pães achatados e toda essa turma: uma pasta de grãos amassados em chapa quente que já se consumia 7000 anos antes de Cristo.
Sarraceno não é trigo, não é um cereal, é outro bicho: é uma semente, e mais parente do ruibarbo do que do trigo. Por isso não tem o glúten ( característico dos cereais como trigo ).
“Sarraceno” é como os Europeus chamavam os “árabes no geral”. Como a planta veio de lá, ficou o adjetivo. Aqui a gente conhece também como trigo mourisco, e na França também como Blé Noir ( trigo negro ).
Uma das grandes vantagens do sarraceno é a facilidade de cultivo – o que viabiliza mais e mais o manejo orgânico, além da sua utilização em receitas para intolerantes ou alérgicos ao trigo e glúten.
Super nutritivo, dá pra comer inteiro ou na forma de farinha, e é com essa farinha que se fazem as tradicionais galettes na Bretanha ( mas você encontra pela França inteira ).
Galette e crepe combina com sidra? Olha, depende. É o que todas as galeterias na França defendem – mas quando você conversa com os produtores de sidra, eles afirmam de pé junto que isso é só um marketing turístico. Beber na xícara idem.
Receita básica?
350g de farinha,
85 de água,
1 ovo,
10g de sal.
Vai virar uma pasta que você deixa descansando na geladeira por duas horas. Tirou da geladeira, é só colocar na frigideira quente, com manteiga.