Viagens

México, segundo dia: Ruínas de Tulum, tacos e mojitos.

Depois de 16 anos sem viajar juntar sozinhas, as duas, Tulum! 

Tulum fica na península de Yucatán, pra baixo de Cancun, reduto de uma galera mais “alternativa”. Praias de nudismo, hotéis ecológicos, comida orgânica, tacos veganos e mais um monte de coisa do gênero. Um paraíso ao estilo Caribe clássico, mas com sustentabilidade e um toque meio hippie. 



Como ontem chegamos de madrugada ( dirigimosuma hora e meia de Cancun até aqui ), não dormimos direito. Acordamos cedinho para pegar uma bicicleta e conhecer as ruínas da antiga cidade de Tulum: descoberta pelos exploradores em 1500 e pouco quando chegaram, ainda em plena atividade mercantil e com uma pegada já sustentável: eles usavam tudo o que vinham do mar e tinham suas próprias hortas e cultivos de hortaliças.

Das sete da manhã às onze, passeio de bike pelas praias e ruínas. Depois, lagartixar na areia do hotel até mudar de Pantone.

Um mojito e um mango spicy depois ( estamos nos alimentando de guacamole, basicamente, e álcool ), uma soneca providencial na praia…. e bora conhecer o povoado de Tulum.

Já me falaram que existem restaurantes e bares ótimos por aqui, com tacos feitos na hora, cozinha de autor, cozinha vegana, pratos típicos maias e molhos a base de chocolate.

Uf. 

Indo até as ruínas de Tulum de bicicleta. Pãtza passeio delicioso. 

Resumo da tarde. Mojito, Mango Spicy. Sem açúcar pois não gosto do sabor do açúcar nos drinks.

Tá meio difícil encontrar vinho natural por aqui. Na verdade, até encontrar vinho. Então vamos dançar conforme a música.

Hoje de noite me indicaram um bar que serve mojitos com rum artesanal e em vez de açúcar, caldo de cana fresco. Uhu! 

Hohoho, mais uma garrafa de rum. A piratada sabia o que fazia.

Podem me chamar de radical. Nem ligo mais. Mas vinho convencional pra mim é a mesma coisa que qualquer outra bebida alcoólica. E não me dá prazer algum beber um vinho só pra ter o que bebericar.

Então, ok, já que é pra intoxicar mesmo, bora partir pros clássicos caribenhos! Haahha 

Beber olhando o mar do Caribe é bom, mas comer e aprender sobre as comidas locais é melhor ainda.

O centrinho de Tulum tem basicamente uma rua principal, onde ficam as lojas de artesanato, os bares, restaurantes e tudo mais que você pode imaginar. Hoje fomos conhecer uma taqueria famosa pelos seus tacos feitos à mão e pelo “pastor”: Antojitos La Chiapaneca. Forno a lenha, tortillazitas feitas à mão, e a especialidade da casa, um porco assado no espeto como se fossem nossos churrasquinhos gregos.

Tacos, panuchos, sopes, salbutes. Todos eles têm base de tortilla, algumas mais finas, outras com moagem mais grossa ou milho fresco ( como os panuchos ). As sopes e os panuchos levam pasta de feijão em cima. Os recheios aqui podem ser de frango, carne assada ou “pastor”, que é a tal da carne no espetinho grego e abacaxi.

Fui nele, claro. Uma coisa de doido, comeria o espero inteiro. A habilidade dos cozinheiros cortando e servindo o porco e os abacaxis são dignas de circo.

Pra acompanhar os antojitos ( pedi um taco al pastor e um panucho de carne ), mole verde ( meu querido ), picante, verduras.

Para beber, hormacha de raíz de junco e água da Jamaica. Agua da Jamaica é tipo um suco de hibiscos, e a hormacha é uma bebida interessantíssima, antiquíssima. É um “leite” do tubérculo da raiz do junco, ou tule, como chamam aqui. Os maias e os astecas já bebiam essa hormacha, assim como muitas outras civilizações da América central pré colônia. Rica em nutrientes, com muita vitamina C e E, tem cálcio, magnésio, potássio e ferro pra caramba, além de proteínas, ácidos graxos e algumas enzimas que ajudam na digestão. Dá para fazer hormacha de outros produtos, como o arroz e a cevada.

Duas bebidas, dois panuchos, dois tacos, cinquenta pesos. Cerca de 12 reais. Comeria aqui todo dia.

Pra arrematar a noite, passamos em uma barraquinha de tamales: é meio que a pamonha mexicana. Mas aqui eles estavam servindo com molho picante. Delicioso.

4/5/2016
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