Bota água no feijão. Guandu, caupi e variedades que esquecemos por aí…
É, a maioria de nós não conhece muito mais do que os feijões marrons e pretos vendidos no circuito comercial da alimentação. O que poucos sabem ( e muitos se esqueceram ) é que o Brasil é riquíssimo em variedade de feijões. Feijão de corda, feijão fradinho, feijão preto, feijão jalo, feijão azuki, feijão jalo roxo, feijão rosinha, feijão bolinha, feijão roxinho, feijão mulatinho, O Brasil é o maior produtor de feijão do mundo, e não é à toa, pois o feijão faz parte da nossa história gastronômica e virou marca registrada no prato brasileiro.
O feijão mais consumido no Brasil é o carioquinha. E o que também pouca gente sabe é que o carioquinha não existia antes da década de 70. Ele foi desenvolvido através de cruzamentos e mutações de feijão marrom, como o jalo e o mulatinho. Motivo? Ele produz o dobro. O que é muito legal pensando no custo e viabilidade do produto, mas não é legal pensando que muitas variedades tradicionais podem ficar esquecidas, principalmente pelo valor histórico, gastronômico e nutricional. Hoje em dia quase 90% dos feijões consumidos no Brasil são carioquinhas.
A variedade carioquinha, inclusive ( que nada tem a ver o Rio, gente, é só por causa do listradinho que “parece” o calçadão … é, forçaram a barra, mas o nome pegou ) faz mais de dez anos que vem sendo estudada para ser o primeiro feijão transgênico do Brasil. Pois é, alguém sabia disso? Pouca gente. Mas acreditem, foi uma discussão grande em torno do tema. A idéia era desenvolver uma semente que fosse resistente ao vírus mosaico dourado. Ela foi desenvolvida e liberada para comercialização e consumo faz mais ou menos 3 anos, debaixo de muito protesto, pois os estudos e os testes feitos com essas sementes modificadas eram inconclusivos, tanto para eficácia em campo quanto para segurança alimentar. Mas a Embrapa revogou essa aprovação mais recentemente, proibindo a liberação para comércio e consumo: então por enquanto não teremos feijão transgênico no nosso baião de dois.
Essas aqui são duas variedades de feijão “caipira” que o pessoal da Comida da Floresta e me deram de presente e viraram prato na Enoteca logo na mesma semana. Apaixonei nos feijõezitos. Esses são o guandu – o vermelhinho – e o “mini-caupi” – é o clarinho pequenino. De acordo com a Keila, o mini feijão branco é um tipo de feijão caupi (Vigna sp.), seleção crioula do Vale do Paraíba, que eles chamam carinhosamente de mini-caupi ou caupizinho. Começaram o plantio através de 3 grãos, e estão na terceira safra.
O outro feijão é o guandu (Cajanus cajan), e reza a lenda que foi trazido para o Brasil no cabelo dos escravos, dentro dos navios negreiros. O nome é de origem africana, do dialeto falado no antigo Reino do Congo. É querido dos caipiras, roceiros e agrofloresteiros, pois é uma leguminosa arbustiva e perene, muito usada nos sistemas agroflorestais para recuperar e reequilibrar os ambientes. As raízes fixam nitrogênio no solo, fertilizando-o, e a parte aérea verde pode ser podada e usada como matéria orgânica. O Guandu também é considerado planta medicinal. A infusão das raízes, folhas e flores do feijão guandu também é antiinflamatória, emoliente, diurética, depurativa, auxilia em processos de hemorragia, problemas respiratórios como tosse, bronquite e garganta.
O outro feijão é o guandu (Cajanus cajan), e reza a lenda que foi trazido para o Brasil no cabelo dos escravos, dentro dos navios negreiros. O nome é de origem africana, do dialeto falado no antigo Reino do Congo. É querido dos caipiras, roceiros e agrofloresteiros, pois é uma leguminosa arbustiva e perene, muito usada nos sistemas agroflorestais para recuperar e reequilibrar os ambientes. As raízes fixam nitrogênio no solo, fertilizando-o, e a parte aérea verde pode ser podada e usada como matéria orgânica. O Guandu também é considerado planta medicinal. A infusão das raízes, folhas e flores do feijão guandu também é antiinflamatória, emoliente, diurética, depurativa, auxilia em processos de hemorragia, problemas respiratórios como tosse, bronquite e garganta.